O trabalhador da palavra na verdade, sofre da síndrome do observador. Escrever, contudo, é um ato de amor executado na solidão, um ato psicótico, construir uma realidade artificial habitada somente por ele, o que normalmente parece mais real que o próprio mundo “lá fora”. Lidar com as palavras e idéias por um longo tempo, e, por mais difícil que possa parecer, é um processo muito mais ordeiro e controlado do que interagir com seres humanos. Ter a tendência de se afastar se negar a si mesmo, observando a vida sem verdadeiramente participar dela.É,como abrir uma fenda através da qual as pessoas podem observar um mundo que,de outra forma,elas não veriam. A função da solidão é perceber alguma coisa, com a clareza que seria impossível a qualquer pessoa completamente envolvida no mundo, a não ser que esteja postada na borda observando. Romper a barreira existente entre o observador e o participante, entrando em outras vidas, depois se afastando para uma solidão que,permitiria que as apresentasse a todos nós.Alguns, dizem que os escritores são parasitas, sugando vida de outras pessoas.Será !Acredito que não!O que seria do mundo sem os escritores. O nosso oficio de trabalhar com as palavras é sublime. Portanto, você escritor, você jornalista, tentem provar, com os fatos, que sua palavra escrita vale bem mais que qualquer documento escrito e registrado, assim você será alguém que merece confiança.
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