quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

UM JOGO DE INTERESSES

A disputa pela presidência da Câmara Municipal de Canindé, mais uma vez, demonstra que tudo vale quando se trata de chegar ao poder. Com isso, mais uma vez, o legislativo mirim canindeense não perde apenas espaço de poder, perde, na verdade, credibilidade e razão de existir. Claro que, se a luta fosse dentro de normas puras, espelhadas numa ação plena de democracia, tudo bem! Contudo, sabemos que, por detrás das duas candidaturas postas, estavam embutidos interesses políticos contrariados, barganhas, promessas de cargos na administração, inclusive secretarias, além de vantagens financeiras que, se fossem somadas, denunciariam a indecência e a vergonha do vale-tudo nesse jogo de interesses. Como sempre acontece, muitas manobras foram aferidas durante as horas, os minutos que antecederam a votação e, até os últimos momentos, acreditava-se que apenas uma chapa concorreria à eleição, ou seja, a que tinha à frente o vereador Heitor Pessoa, sobrinho do prefeito eleito Cláudio Pessoa, porém, nos finalmentes, surgiu a chapa encabeçada pelo vereador Robson Saraiva que foi a vencedora após a realização de duas votações, sendo que na primeira houve empate de cinco votos a cinco, o que se repetiu na segunda votação, sendo que de acordo com o que reza o Regimento Interno o vereador Robson Saraiva com 44 anos foi eleito presidente da Câmara Municipal, já que seu opositor tem apenas 42 anos de idade. O presidente e a mesa diretora eleitos dirigirão o Poder Legislativo até dezembro de 2010. A chapa vencedora está assim composta: Robson Saraiva – presidente, Toinho do Gordin – vice, Ximenes Filho 1º secretário, Panta 2º secretário. Com a derrota de Heitor Pessoa, quem perde na realidade é o prefeito eleito Cláudio que, ao assumir o governo municipal, terá a chapa oposicionista comandando os trabalhos legislativos deste período governamental, o que poderá dificultar algumas ações e projetos do novo governo. Também esta derrota denunciou a separação política entre Cláudio Pessoa e Ximenes Filho logo no início do mandato do prefeito eleito, o que coloca em dúvida como serão os procedimentos daqui pra frente, já que a vice-prefeita Rozário Ximenes é esposa de Ximenes Filho, o que provoca, para muitos, uma anomalia política que poderá trazer conseqüências desastrosas para a governabilidade desta cidade. Todos, a uma só voz, têm certeza de que Ximenes Filho foi o articulador da chapa vencedora que teve Robson como presidente, o que demonstra uma incompatibilidade política entre os dois políticos.

Uma pena que o fato ocorrido tenha sido mostrado dentro deste cenário. Agora é esperar as conseqüências que esta “briga política” poderá provocar na seara política canindeense.

Quem viver, verá!

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