segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Para que fomos à lua?

No dia 20 de julho fez exatamente 40 anos que o homem foi à Lua. Desde o acontecimento dessa façanha, pessoas daquela geração e da geração presente ainda põem em dúvida se o feito foi verdadeiro ou fantasioso. Neste pequeno comentário, fico a favor de que eles foram mesmo lá. A pergunta, no entanto, é a seguinte: o que foi o homem fazer na Lua? Sabe-se, todavia, que a cobiça de pisar no nosso satélite natural deveu-se a uma ferrenha queda de braço entre americanos e russos. Nessa disputa, os russos estiveram muito tempo à frente dos ianques. Já em 1957, a União Soviética lança o Sputinick 1, primeiro satélite artificial lançado ao espaço. Também foi um russo, Yuri Gagárin, o primeiro homem a orbitar ao retor da terra, a bordo do satélite Vostok 1, no dia 12 de abril de 1961. Nesse caso, os americanos não poderiam ficar atrás. Foi então desencadeada uma espécie de faroeste estelar. Superar o feito dos russos, nada melhor do que botar o homem na Lua. A missão envolveu várias etapas, até que, no dia 20 de julho de 1969, levados na Apolo 11, Armstron, seguido por Aldrin, marcaram o solo lunar com o rastro de suas botas. Collins, o terceiro astronauta, ficou em órbida, aguardando a volta dos companheiros que permaneceram algum tempo sobre a superpície inóspita de um outro mundo, onde deram algum saltos e fincaram uma tela de alumínio e a bandeira do Tio Sam. Mas a missão não terminou aí. Depois deles, outros astronautas americanos também pousaram na Lua. O saldo científico dessa aventura resultou em quase nada. Marcou irreversivelmente foi a cabeça dos astronautas. Após voltarem ao ambiente hospitaleiro da Terra, um deles fundou uma religião, outro virou pastor, outro mais saiu em busca dos destroços da arca de Noé, e Aldrin, um dos astronautas mais famosos do projeto, virou papudinho. Precisou de tratamento para deixar o alcoolismo. Armstrong, o pioneiro, isolou-se em sua fazenda em Ohio e hoje corre légua para não dar entrevistas. E houve o caso escandaloso de James Irwin, o astronauta que levou 400 selos para a Lua -- sem participar à Nasa -- os quais trouxe de volta para vender como relíquia. O contrabando foi descoberto e a tripulação inteira foi afastada e punida. O passeio dos americanos no deserto lunar custou em torno de vinte e cinco bilhões de dólares e envolveu mais de 400 mil pessoas. Da Lua, os astronautas trouxeram apenas algumas rochas que hoje são peças de museu. Em troca, os astronautas deixaram três jipes, seis bandeiras dos EUA e equipamentos de TV abandonados sobre a superfície até então imaculada da Lua. Ah, sim, também as pegadas que deverão perdurar por milhões de anos, devido a ausência de erosão. O momento em que o homem pela primeira vez pisou na Lua foi visto ao vivo por mais de 500 milhões de pessoas. Acho mesmo que esse feito notável devia ter sido retardado para os dias de hoje. Pelo menos o acontecimento seria acompanhado no mundo todo através da TV de alta fidelidade. Seria uma boa opção principalmente para o telespectador brasileiro, já tão enfastiado com Gugu, Faustão e Cia. Certamente assistiríamos a um contato ao vivo por celular entre o astronauta na Lua e Obama aqui na Terra. Pondo as coisas na balança, ainda calculo que a aventura de Colombo, a bordo de uma caravela tangida pelos vento, foi muito mais proveitosa. Corajosamente, o navegador genovês, partindo da Espanha e se aventurando pelo oceano desconhecido,  descobriu a América, de onde, cerca de 500 anos depois, o poderoso foguete Saturno 5 partiria projetando os astronautas americanos à Lua, onde não descobriram nada além da insignificância do homem perante o Universo.

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