domingo, 5 de julho de 2009

INDIGNAÇÃO DE UM POVO


Eu, particularmente não acredito que possa existir outro país no mundo, em que seu povo tenha tantos motivos para se indignar; como no Brasil. Aqui, tudo no que se refere a pobre, é relegado a segundo plano ou é tratado com desdém pelas autoridades competentes  (competentes?). Quando um trabalhador é assaltado, por exemplo, quase nunca a polícia encontra o bandido; mas quando a vítima é parente de alguma autoridade, político, ou tem dinheiro, em menos de dez minutos, o “cara” está em “cana”. Se um filho de “papaizinho” atropela e mata uma pessoa comum, ele paga um fiança simbólica e o processo vai engavetado: se acontecer o contrário, o proletário vai comer o pão que o diabo amassou. Um banqueiro desvia para os chamados paraísos fiscais, milhões de reais de seus clientes e é preso pela Polícia Federal; em menos de vinte e quatro horas, o Supremo Tribunal Federal, o coloca em liberdade por falta de provas ou porque ele não oferece nenhum risco à sociedade (Imagine!rrrrssssssssss...) e se um desempregado rouba uma lata de leite para um filho que está chorando de fome, ele vai para cadeia, pois para a lei: “Todo crime é um crime, não importa o seu motivo, nem a sua gravidade”. (Quanta hipocrisia!). é por isso e por muito mais, que o brasileiro vive indignado com as injustiças que são cometidas contra cidadãos apenas por causa de sua diferença social. Ser pobre neste país é crime inafiançável e só serve para ser “boi de piranha”: para tentar iludir a opinião pública, querendo mostrar para a sociedade que a lei é cumprida e a justiça funciona.

       “Deus é um cara gozador e adora a brincadeira, pois pra me jogar no mundo, tinha o mundo inteiro, mas achou muito engraçado me deixar cabreiro, na barriga da miséria, nasci brasileiro” (Chico Buarque de Holanda).

                                         Valdeci Gois Almeida.

 

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